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domingo, 18 de junho de 2017

Resenha - Trilogia Doce Vingança (I Spit on your grave)







Doce Vingança (I Spit on your grave - 2010)









A escritora Jennifer Hills (Sarah Butler) aluga uma cabana isolada para escrever seu novo livro, mas a paz e o silêncio do local são quebrados por uma gangue local que a estupra e tortura, deixando-a como morta. Mas Jennifer retorna para se vingar, capturando os homens um a um e lhes causando muito mais dor do que ela sofreu.


A premissa do filme já mostra que ele não é um filme leve, por conter cenas fortes de estupro e violência, além de mortes gráficas. No entanto, o que mais chama atenção no longa além das já citadas cenas fortes, é o fator "Causa e efeito" que o longa gera em nós telespectadores. Você torce para Jennifer fazê-los sofrer na mesma medida ou ainda mais do que ela sofreu. Pontos para o filme, que por esse ponto de vista, funciona!


A protagonista é boa em causar pena a princípio e depois ao mostrar seu lado justiceira igualmente bem. Os antagonistas são razoáveis, mas conseguem causar raiva e repulsa o suficiente para funcionarem. O ponto fraco mesmo do filme fica por conta da direção que é meio instável, tentando por vezes chocar e em outras tentando a qualquer custo esconder o que está ocorrendo, com câmeras estáticas demais ou mostrando um outro lado da cena em alguns momentos, como modo de nos privar do sofrimento da moça.


No geral é um filme interessante, que parece no fim ter apenas dois atos: Estupro e vingança, mas que funciona bem no conceito em que está inserido.



Nota: 8





Doce Vingança 2 (I Spit on your grave 2 - 2013)








A jovem e bela Katie (Jemma Dallender) sonha em conseguir seguir a carreira de modelo em Nova York. Sem dinheiro para pagar uma sessão com um fotográfo profissional, ela vê um anúncio de um homem que tira fotos de graça. Mas a inocente sessão acaba culminando na jovem sendo estuprada, humilhada, drogada e sequestrada. Ela acorda em outro país, mas, ao tentar escapar, é enterrada viva. Apesar de todas as probabilidades contra ela, a jovem sobrevive. E agora, Katie vai buscar uma brutal vingança contra aqueles que tanto a machucaram.


Pela sinopse já fica bem evidente que reciclaram o roteiro do original e o adaptaram para esta sequência. No entanto uma coisa é certa, a protagonista deste segundo longa, sofre ainda mais que a do primeiro filme.


Tirando o sofrimento elevado ainda mais nesta sequência, o resto parece tudo como o original, onde até o "twist" que tem lá pela metade, é idêntico. Mas créditos sejam dados a atriz, que entregou uma boa atuação, nos fazendo torcer por ela a cada cena agonizante. O mesmo já não pode ser dito dos atores, que são bem fraquinhos, mas que como os do primeiro filme, conseguem ao menos causar ódio de seus personagens, o que é essencial para a trama.

A direção é outro ponto fraco, com cortes excessivos e com alguns ângulos que parecem de um filme amador do Youtube.


No geral é "assistível", mas que fica bem aquém do filme de 2010.




Nota: 6




Doce Vingança 3 - A vingança é minha (I Spit on your grave 3 - Vengeance is mine - 2015)









Após anos terem se passado, Jennifer Hills (Sarah Butler) ainda é atormentada pelo brutal abuso sexual que sofreu. Ela mudou seu nome para Angela e se mudou de cidade, além de entrar em um grupo de apoio. Ela começa a construir uma nova vida, mas, quando o assassino de sua nova amiga é libertado e os contos de estupradores passam a assombrá-la, Jennifer decide caçar os responsáveis e fazer eles pagarem pelo seus atos.



Chegamos então ao último filme da franquia (Por enquanto) que é de longe o mais "light", contando com apenas duas cenas de vingança da protagonista. O roteiro aqui tentou se reinventar um pouco em relação aos demais, mas ao fazer isso, deixou o filme bem mais arrastado do que deveria.


A ideia de ser mais original funciona até certo ponto, mudando a dinâmica: Estupro/Vingança da protagonista, trazendo uma personagem mais complexa em relação as diretrizes de seus atos. A atriz Sarah Butler, mesma do longa original, consegue com esse filme, consolidar sua imagem de "justiceira" das mulheres, se mostrando cada vez mais "sangue no zói" a cada cena do longa.


A direção do filme é melhor que a do segundo filme, sem cortes excessivos e desnecessários deixando-o mais fluido, mas ainda assim, o filme não deixa de ser bem mais parado do que os dois primeiros.


Em geral, é um bom filme, mas que poderia ter o roteiro e direção um pouco mais bem trabalhados.





Nota: 7






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